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“Mãos dadas”, de Carlos Drummond de Andrade

 

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

 

Sentimento do mundo, 1940

 

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O mundo sitiado. A poesia brasileira e a Segunda Guerra Mundial, de Murilo Marcondes de Moura

Extraído do site da Editora 34:
376 p. – 14 x 21 cm

ISBN 978-85-7326-619-1
2016 – 1ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Elaborado ao longo de muitos anos, num processo de múltiplas leituras e interrogações, O mundo sitiado: a poesia brasileira e a Segunda Guerra Mundial é um livro raro no panorama atual. Em primeiro lugar, pela amplitude de sua aposta crítica – flagrar a resposta dos poetas brasileiros ao acontecimento mais traumático do século XX – e, na sequência, pela fineza e eficácia com que Murilo Marcondes de Moura, professor de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo, encadeia seus argumentos.
Após um capítulo inicial dedicado aos nexos entre a poesia de vanguarda e a Primeira Guerra Mundial, em que brilham as leituras de poemas de Guillaume Apollinaire, Wilfred Owen e Giuseppe Ungaretti escritos nas trincheiras, o autor passa a examinar as marcas do conflito de 1939-1945 na poesia de Carlos Drummond de Andrade, Oswald de Andrade, Cecília Meireles e Murilo Mendes. Nessa mudança de foco, a investigação crítica age como um poderoso prisma: parte do movimento intrínseco de suas respectivas obras para em seguida, ao situá-las diante do acontecimento histórico de escala mundial, acompanhar as refrações da guerra nos temas e na voz de cada escritor.
Livro que parece conter muitos livros dentro de si, O mundo sitiado, ao confrontar guerra e poesia, abre um campo praticamente inexplorado em nossos estudos literários – e ilumina de forma aguda e original as relações entre linguagem, história, mito e participação política num momento central do modernismo brasileiro.


Sobre o autor

Murilo Marcondes de Moura graduou-se em Linguística na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, em 1982. Concluiu seu mestrado e doutorado na mesma universidade, respectivamente em 1991 e 1998, ambos nas áreas de Teoria Literária e Literatura Comparada. Foi docente de Literatura Comparada na Universidade Federal de Ouro Preto, entre 1992 e 1995, e docente de Literatura Brasileira na Universidade Federal de Minas Gerais, entre 1996 e 2003. Desde 2003, leciona Literatura Brasileira na FFLCH-USP. Em 2010, realizou pós-doutorado na França, tendo como objeto de estudo a poesia de Guillaume Apollinaire.
Como ensaísta, colaborou em diversos volumes de crítica literária, entre os quais se destacam os livros Leitura de poesia (Ática, 1996) e Literatura e guerra (UFMG, 2010), e a revista Cadernos de Literatura Brasileira – Carlos Drummond de Andrade (IMS, 2012), entre outras. Juntamente com Júlio Castañon Guimarães, organizou a Antologia poética de Murilo Mendes (Cosac Naify, 2014) e realizou o estabelecimento de texto para as obras do poeta lançadas por essa editora. Publicou o livro Murilo Mendes: a poesia como totalidade (Edusp/Giordano, 1995) a partir de sua dissertação de mestrado e, posteriormente, o volume Manuel Bandeira (Publifolha, 2001). Dedica-se sobretudo à literatura brasileira do século XX, área na qual tem orientado trabalhos de mestrado e doutorado desde o final dos anos 1990.

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“A flor e a náusea”, de Carlos Drummond de Andrade

 

 

Preso à minha classe e a algumas roupas,

vou de branco pela rua cinzenta.

Melancolias, mercadorias espreitam-me.

Devo seguir até o enjoo?

Posso, sem armas, revoltar-me?

 

Olhos sujos no relógio da torre:

Não, o tempo não chegou de completa justiça.

O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.

O tempo pobre, o poeta pobre

fundem-se no mesmo impasse.

 

Em vão tento explicar, os muros são surdos.

Sob a pele das palavras há cifras e códigos.

O sol consola os doentes e não os renova.

As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.

 

Vomitar esse tédio sobre a cidade.

Quarenta anos e nenhum problema

resolvido, sequer colocado.

Nenhuma carta escrita nem recebida.

Todos os homens voltam para casa.

Estão menos livres mas levam jornais

e soletram o mundo, sabendo que o perdem.

 

Crimes da terra, como perdoá-los?

Tomei parte em muitos, outros escondi.

Alguns achei belos, foram publicados.

Crimes suaves, que ajudam a viver.

Ração diária de erro, distribuída em casa.

Os ferozes padeiros do mal.

Os ferozes leiteiros do mal.

 

Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.

Ao menino de 1918 chamavam anarquista.

Porém meu ódio é o melhor de mim.

Com ele me salvo

e dou a poucos uma esperança mínima.

 

Uma flor nasceu na rua!

Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.

Uma flor ainda desbotada

ilude a polícia, rompe o asfalto.

Façam completo silêncio, paralisem os negócios,

garanto que uma flor nasceu.

 

Sua cor não se percebe.

Suas pétalas não se abrem.

Seu nome não está nos livros.

É feia. Mas realmente uma flor.

 

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde

e lentamente passo a mão nessa forma insegura.

Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.

Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.

 

É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

 

 

 

A rosa do povo, 1945

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“Poema da necessidade”, de Carlos Drummond de Andrade

É preciso casar João,
é preciso suportar António,
é preciso odiar Melquíades,
é preciso substituir nós todos.

É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.

É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbedo,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.

É preciso viver com os homens,
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar o FIM DO MUNDO.

 

De Sentimento do mundo.

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Dia D – Dia Drummond

Como no dia 31 de outubro, data em que nasceu Carlos Drummond de Andrade, faltou luz na Faculdade de Letras/UFRJ por causa de uma tempestade, e como todos os dias são dias de celebrar a obra de CDA, faremos o nosso Dia D nesta sexta-feira, 7 de novembro:

Dia D - Programação

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“Roberto Schwarz: Um crítico na periferia do capitalismo”

Entrevista de Roberto Schwarz realizada por Luiz Henrique Lopes dos Santos e Mariluce Moura para a edição 98 – abril de 2004 da Pesquisa Fapesp [via Bruna Oliveira]:

Gostaria que você falasse um pouco sobre sua formação e personagens que mais o influenciaram nessa fase.

Meus pais eram austríacos, intelectuais de esquerda, ateus e judeus. Quando a Alemanha anexou a Áustria, tiveram que emigrar. Se não fosse isso, meu pai, que era um homem completamente literário, teria sido escritor e professor. Embora tivéssemos chegado ao Brasil sem nada, ele logo começou a refazer uma boa biblioteca alemã, que tenho até hoje. Ele morreu cedo, quando eu tinha 15 anos. O Anatol Rosenfeld, que era amigo dele e da família, passou a acompanhar os meus estudos e a sugerir leituras. Durante muitos anos ele jantou em casa aos domingos, que passaram a ser um dia obrigatório de revisão da semana e discussões. Apesar da grande diferença de idade, ficamos muito amigos.

O Anatol tinha um grupo…

Sim, ele dava um curso de filosofia na casa do Jacob Guinsburg. O grupo se reunia uma vez por semana, e eu comecei a participar também quando tinha 18 anos, pouco antes de entrar na faculdade. Isso durou muitos e muitos anos, os alunos liam um trecho de algum filósofo uma vez por semana e o Anatol comentava. Foi interessante essa sua maneira de arranjar a vida: em alguns cursos ele antes ia jantar, o que era bom para a dona da casa, que tinha o jantar animado intelectualmente, e era bom para ele, que… jantava. E depois ele dava o curso.

E aí você entrou no curso de Ciências Sociais da USP.

Foi, em 1957, por sugestão também do Anatol. Eu estava no último ano do secundário, um pouco incerto se fazia Letras, Filosofia ou Ciências Sociais. O Anatol, muito objetivo, me disse que fosse à faculdade assistir a algumas aulas antes de decidir. Assisti a uma aula de literatura, de um professor cujo nome não vou dizer, e desisti de fazer Letras. Assisti a uma aula do Cruz Costa, que fazia piada atrás de piada e me deixou um pouco assim… E assisti a uma aula da Paula Beiguelman, em Política, muito bem preparada e interessante. Aí me decidi pelas Ciências Sociais.

Já no curso de Ciências Sociais você participou daquele grupo do seminário do Capital?

O seminário começou em 1958. Foi iniciativa de um grupo de professores jovens, vindos das Ciências Sociais, da Filosofia, da História e da Economia, que tiveram a boa ideia de incluir também alguns alunos. Com isso o seminário já nasceu multidisciplinar e espichado para a geração seguinte. Marx na época era pouco ou nada ensinado, embora muitos professores nessa área fossem de esquerda. De modo que a decisão de estudar a sério a sua obra tinha alcance estratégico. No núcleo inicial estavam Ruth e Fernando Henrique Cardoso, Octávio Ianni, Fernando Novais, Paul Singer e Giannotti. Os alunos mais assíduos eram Leôncio Martins Rodrigues, Francisco Weffort, Gabriel Bollaffi, Michael Löwy, Bento Prado e eu.

 

E qual foi o peso do seminário em sua formação, em sua visão de mundo?

Foi decisivo. Ao contrário do que diz meu amigo Giannotti, estudar Marx na época não era assimilar um clássico entre outros. Por um lado, tratava-se de apostar na reflexão crítica sobre a sociedade contemporânea. Por outro, tomava-se distância da autoridade dos Partidos Comunistas na matéria, que promoviam uma compreensão bisonha de Marx, imposta como um dogma. Havia também a excitação de descobrir e afirmar a superioridade intelectual de um autor profundamente incômodo para a academia bem-pensante e para a ordem em geral. Na iniciativa do seminário havia algo de inusitado e também de precário, além de premonitório. Poucos sabiam alemão, não tínhamos familiaridade com o contexto cultural de Marx, a bibliografia moderna não estava disponível, para não dizer que estava desaparecida. De um ponto de vista universitário “normal”, não estávamos preparados para a empreitada. Em compensação havia a sintonia com a progressiva radicalização do país, que entrara em movimento, e talvez com a corrente de fundo que levaria o mundo a 1968. Até certo ponto o despreparo foi uma vantagem, pois permitiu que enfrentássemos com espírito livre as dificuldades que a experiência brasileira opunha aos esquemas marxistas.

 

Como era a dinâmica do seminário?

O grupo se reunia de quinze em quinze dias e discutia mais ou menos 20 páginas por vez. A discussão ia de questões elementares de compreensão a problemas cabeludos, com conseqüências teóricas e políticas. Como os professores estavam em idade de escrever as suas teses, que no geral foram de assunto brasileiro, começou a se configurar no seminário a distância entre a construção marxista e a experiência histórica do país. O seminário teve a força de não desconhecer a discrepância e, também, de não considerar que ela anulava a melhor teoria crítica da sociedade contemporânea. Era preciso refletir a respeito, ver o desajuste como um problema fecundo e, talvez, como parte das desigualdades do desenvolvimento do capitalismo. Marx não podia ser aplicado tal e qual ao Brasil, que entretanto fazia parte do universo do capital. Estava surgindo o tema da reprodução moderna do atraso, segundo o qual há formas sociais ditas atrasadas que na verdade fazem parte da reprodução da sociedade contemporânea, em âmbito nacional e internacional. Embora a obra correspondente não tenha sido escrita, estas observações ligadas à experiência das nações periféricas têm relevância histórico-mundial, para uma apreciação sóbria e não-ideológica das realidades do progresso, o qual é mais perverso do que consta. Quando chegou a minha vez de fazer tese e de analisar os romances de Machado de Assis, eu me havia impregnado muito deste modo de ver.

Já havia seu interesse pela literatura, mas em termos formais como se deu sua ida para a teoria e a crítica literária?

Fui aluno de Antonio Candido no segundo ano de Ciências Sociais, em 1958, no último ano em que ele deu Sociologia. No ano seguinte comecei a ficar abatido com o lado empírico da pesquisa sociológica, os levantamentos e as tabulações não eram comigo. Nessa altura, Antonio Candido passara da Sociologia para as Letras e estava ensinando Literatura Brasileira em Assis. Ruminei o exemplo e fui até lá me queixar da vida e pedir conselho, pois gostava mesmo é de literatura. Ficou mais ou menos combinado que quando eu terminasse o curso faria um mestrado em Literatura Comparada no exterior e depois iria trabalhar com ele na USP. Nessa época eu já escrevia um pouco de crítica literária para jornal.

 

Qual jornal?

Um suplemento literário da Última Hora, onde publiquei um artigo sobre O amanuense Belmiro, romance sobre o qual o Antonio Candido havia escrito anos antes. Uma amiga espoleta levou o trabalho ao professor, contando que eu achava o artigo dele parecido com o meu. Ele achou graça, leu e me convidou para colaborar no Suplemento Literário do Estadão, que era dirigido pelo Décio de Almeida Prado. Assim, quando fui a Assis procurar conselho, ele tinha ideia do que eu andava fazendo.

 

A ida para o exterior era porque na época não havia mestrado aqui?
A pós-graduação estava começando. Na época só fazia mestrado e doutorado o pessoal que já estava trabalhando nalguma cadeira. Como eu vinha de Ciências Sociais, para ensinar em Letras precisava de um título apropriado. Fui aos Estados Unidos fazer um mestrado em Teoria Literária e Literatura Comparada, na Universidade de Yale. Na volta, em 63, pouco antes do golpe, comecei a trabalhar na Teoria Literária, que era uma novidade na USP.

 

E, nesse começo de trabalho com Antonio Candido, como é que se delineiam seus temas de trabalho?

Os primeiros anos são sempre suados. Preparar cursos, aprender o suficiente para ensinar, no começo não é fácil. Mas a idéia básica de meu trabalho eu tive cedo. Foi mais ou menos o seguinte: eu lia Machado de Assis e achava a ironia dele especial. Tinha a impressão de que havia naquele tipo de humorismo, de gracinha metódica, alguma coisa brasileira. Então eu saí atrás disso. Combinei a tentativa de descrever a ironia de Machado com a intuição de que ela seria nacional – o que restava explicar. Combinei um close reading dessa ironia com a teoria do Brasil do seminário do Capital. A ideia de que a substância da ironia machadiana tinha a ver com a mistura de liberalismo e escravismo no Brasil me veio cedo, antes de 64. Agora, daí a escrever sobre isso, vai um pedaço.

 

E quanto ao doutorado?

Fiz na Universidade Paris III, Sorbonne. O meu tema lá foi Ao vencedor, as batatas. O livro é de 1977. Quando voltei, já estava publicado.

 

A sua ida para a França decorreu, na verdade, da repressão política que a ditadura instaurou no país. Como foi sua experiência de exílio?

A França foi camarada com os refugiados, que foram chegando por ondas, conforme as ditaduras iam tomando conta da América Latina. Dentro do desastre geral, a verdade é que o exílio era também muito interessante, apresentava os latino-americanos uns aos outros, e mesmo os brasileiros das diferentes regiões. O ar estava cheio dos événements de mai, os acontecimentos de 1968. Para quem não estivesse com a vida quebrada, ou sob pressão material excessiva, e para quem tivesse disciplina para retomar os estudos, foram anos bons.

 

Para chegar ao ápice de sua investigação sobre a relação entre a ironia de Machado de Assis, o comportamento da elite brasileira e, enfim, a estrutura social do país, ou em outras palavras, para chegar a Um mestre na periferia do capitalismo, você gastou mais uns 11 anos, não é verdade?

Sou mais lento do que devia.

 

Em alguma medida há pioneirismo no trabalho de Antonio Candido quando ele lança um olhar para a literatura atravessado por uma visão mais sociológica do país? Ou isso é uma prática geral na crítica, que ele explicita melhor?

Eu inverteria os termos da questão: Antonio Candido lança à visão histórico-sociológica do país – que conhece como poucos – um olhar atravessado pela experiência e pela análise literárias, em cujo valor de revelação ele acredita e a que deve as suas descobertas. O pioneirismo está aí, nessa inversão, que dá cidadania plena ao ângulo estético. Vamos por partes. Que a literatura faça parte da sociedade ou que se conheça a literatura através da sociedade e a sociedade através da literatura, são teses capitais do século XIX, sem as quais, aliás, a importância especificamente moderna da literatura fica incompreensível. Elas estão na origem de visões geniais e dos piores calhamaços. Em seguida se tornaram o lugar-comum que sustenta a historiografia literária convencional. Dentro desse quadro, o traço que distingue a crítica dialética, e que a torna especial, é que ela desbanaliza e tensiona essa inerência recíproca dos pólos, sem suprimi-la. O que for óbvio, para ela não vale a pena. Se não for preciso adivinhar, pesquisar, construir, recusar aparências, consubstanciar intuições difíceis, a crítica não é crítica. Para a crítica dialética o trabalho da figuração literária é um modo substantivo de pensamento, uma via sui generis de pesquisa, que aspira à consistência e tem exigência máxima. O resultado não é a simples reiteração da experiência cotidiana, a cuja prepotência se opõe, cujas contradições explicita, cujas tendências acentua, com decisivo resultado de clarificação. Em suma, em termos de método, o ponto de partida está na configuração da obra, com as luzes que lhe são próprias, e não na sociedade.

 

Ao contrário do que dizem os detratores dessa crítica.

É isso. Ela parte da análise estética e busca o não-evidente, o resultado do que o trabalho formal do artista configurou. Ao passo que a posição tradicional, ou positivista, que também vai se renovando e continua presente com outros nomes, se limita aos conteúdos brutos, procurando o mesmo na sociedade e nas obras, vistas em termos redundantes, de confirmação recíproca direta.

 

Isso você já dizia com 23 anos, no artigo sobre o psicologismo na poética de Mário de Andrade.

A verdade é que não lembro. Retomando o fio, há uma fórmula de Lukács, segundo a qual o social na obra está na forma. Não que os conteúdos não sejam sociais, mas a forma, ao trabalhá-los e organizá-los, ou também ao ser infletida por eles, configura algo de mais geral, análogo à precedência da sociedade sobre os seus conteúdos separados. Se as obras interessam, é porque se organizam de um modo revelador, que algum fundamento tem na organização do mundo – fundamento a descobrir caso a caso. Como a maior parte da historiografia literária é de inspiração nacional e como a nação até outro dia era um horizonte quase auto-evidente, criou-se uma espécie de certeza infundada, segundo a qual o espaço a que a literatura e as formas literárias se referem é também ele nacional. Ora, a literatura mais audaciosa, justamente por ter aversão às mentiras do oficialismo e do nacionalismo, e por adivinhar o avanço de dimensões extranacionais da civilização burguesa, não cabe nesse quadro. No caso brasileiro, a referência nacional tem uma realidade própria, de tipo diverso, que continuou efetiva (até hoje?) e catalisou uma parte importante da invenção formal. Em parte por causa do complexo de país novo, que fazia da criação de uma literatura nacional um projeto deliberado. Basta lembrar o pitoresquismo programático dos românticos, ou a tentativa machadiana – descoberta por John Gledson – de maquinar intrigas com relevância nacional, ou o Naturalismo com o seu trópico científico-alegórico, ou a invenção modernista de logotipos nacionais, como o Pau Brasil, a Negra e Macunaíma. A questão fica mais interessante quando a reconhecemos fora da esfera do projeto nacional assumido, numa certa gama de inflexões, problemas, reações etc. É como se a matriz nacional se impusesse inconscientemente, pela força das coisas, ou melhor, como conseqüência da peculiaridade da estrutura social do país, que gera uma problemática social, lingüística, política e histórica singular, com a qual nos debatemos e à qual nos cabe responder, queiramos ou não. Ao deixar de lado ou ao fazer da intenção do autor um ingrediente entre outros, a análise histórico-estrutural coloca-se no terreno das configurações e dos funcionamentos objetivos, cuja dinâmica não corre em trilhos previstos, podendo levar aonde o autor não imaginava. A referência é nacional, mas sem garantia de final feliz. Essa é uma consciência crítica adulta, segundo a qual não fazemos o que queremos, ou fazemos o que não queremos, e não obstante pagamos a conta. Uma posição esclarecida e desabusada, que se torna modelo para a compreensão estética e social quando fica evidente que a sociedade burguesa não se governa a não ser superficialmente, ao passo que a sua superação não está à vista. Ainda aqui o passo à frente foi dado por Antonio Candido, no admirável ensaio sobre O cortiço, ainda não devidamente explorado. Ele mostrou que o autor pensava estar romanceando o processo brasileiro de guerra e acomodação entre as raças, em conformidade com as teorias racistas do Naturalismo, mas que na verdade, conduzido pela lógica da ficção, mostrava um processo primitivo de exploração econômica e formação de classes, que se encaminhava de um modo bárbaro e desmentia as ilusões raciais e nacionais do romancista. O curso das coisas é nacional, mas difere do previsto pelo escritor.

 

O que significa sua interrogação “até hoje?”, quando aborda a pretensão de fundação nacional dos grandes textos brasileiros?

A crítica dialética supõe obras que sejam mais ou menos fechadas e altamente estruturadas. Na literatura brasileira não há muitas que convidem a uma análise desse tipo. Quando Antonio Candido resolveu estudar nessa veia as Memórias de um sargento de milícias, estava escolhendo o caminho difícil e levando ao extremo uma posição crítica de ponta. A ousadia foi pouco notada, porque o romance – divertido e despretensioso – não faz pensar nessa ordem de tentativas. Manoel Antônio de Almeida não só não queria fazer o que o crítico descobriu, como se movia num plano incomparavelmente mais modesto. Essa desproporção é um erro? Pelo contrário, ela tira as conseqüências de uma certa ideia de forma objetiva, que não coincide com as intenções do autor, as quais pode exceder e contrariar amplamente. Uma ideia de forma e de análise que o crítico compartilha com uns poucos mestres da crítica dialética. Os dois ensaios centrais de Antonio Candido, sobre o Sargento de milícias e O cortiço, sendo rigorosamente apoiados na análise das obras, descobrem a sua força e relevância num plano que não teria ocorrido aos respectivos autores.

Essa é uma visão propriamente marxista, não?

No essencial, penso que é, embora a terminologia não seja, ou seja só em parte. A parte boa da tradição marxista manda acreditar mais na configuração objetiva das obras que nas convicções ou posições políticas dos escritores. Há uma afirmação célebre de Marx, em que ele diz ter aprendido mais com os romances de Balzac do que com a obra dos economistas, isso embora Balzac seja conservador. Para além das preferências, há sobretudo uma afinidade de fundo na concepção da forma objetiva, seja social, seja estética: conforme o caso, o seu dinamismo interno se realiza não só contra, mas também através das ilusões dos interessados (o racismo de Aluísio, por exemplo, faz parte da força com que O cortiço mostra que o problema é de classe, e não de raça). O modelo é o ciclo do capital, que se realiza – na expressão de Marx – “atrás das costas” dos participantes, levados à crise contra a sua vontade. Mas voltando à sua pergunta: esse tipo de crítica supõe obras e sociedades muito estruturadas, com dinamismo próprio. Trata-se de enxergar uma na outra as lógicas da obra e da sociedade, e de refletir a respeito. Acontece que vivemos um momento em que essa ideia de sociedade, como algo circunscrito, com destino próprio, está posta em questão, para não dizer que está em decomposição. Já ninguém pensa que os países de periferia têm uma dialética interna forte – talvez alguns países do centro tenham, talvez nem eles. E no campo das obras, com a entrada maciça do mercado e da mídia na cultura, é voz corrente que a ideia de arte mudou, e é possível que o padrão de exigência do período anterior tenha sido abandonado. Talvez os pressupostos da crítica dialética estejam desaparecendo…

 

Penso que existe ainda a intenção dos escritores de produzirem alguma coisa que traga até as palavras o sentimento desse presente de relações e valores tão esgarçados, confuso, violento etc. Por que, então, não se chega a essa obra capaz de apresentar uma relação bem íntima entre forma do texto e forma social?

Também não me convenço de que não seja mais possível. Mas é fato que o processo social mudou de natureza. A circunscrição dele, no sentido em que você podia dizer “essa é a sociedade brasileira”, está deixando de ser efetiva, de ser verdadeira. Por exemplo, o caso…

 

Vamos pegar o caso de Cidade de Deus.

Antes disso, para não perder o fio, quero falar do ensaio de Adorno sobre Beckett, para o meu gosto um dos mais brilhantes que já se escreveram sobre a literatura moderna. Em Fim de partida as personagens são figuras metidas numa lata de lixo, mutiladas e falando uma linguagem limitada a quase nada, um resíduo. Isso costuma ser considerado uma redução ao essencial, um minimalismo atemporal, para mostrar que o ser humano, mesmo na situação mais precária, conserva inteira a sua grandeza. Mas Adorno desloca a cena, lhe põe uma data e diz que, muito ao contrário, o que Beckett está descrevendo é uma sociedade “pós-catástrofe”. Pós-catástrofe nuclear, pós-Segunda Guerra Mundial, enfim, a época em que a civilização moderna mostrou que a sua capacidade de autogoverno ou de auto-superação não é o que se dizia. Dentro desse universo, os farrapos de filosofia, os resíduos de iniciativa, de desejo de progresso, os cacoetes da esperança, representam na verdade lixo intelectual, água servida. Assim, a operação crítica consistiu em deslocar para um momento histórico preciso e bem explicado, embora imaginado, o que se costumava alegorizar como a condição humana. O deslocamento confere uma incrível vivacidade e particularidade artística ao que pareceriam alegorias e generalidades insossas. Do lado do referente também há deslocamento: a sociedade não é nacional, regional ou municipal, ela é o planeta depois do desastre. O ensaio de Adorno muda a leitura de Beckett e é um grande achado crítico. É um exemplo de como o referente social e histórico tem âmbitos inesperados e pode ser de diferentes tipos. Retomando a sua pergunta, no caso do Paulo Lins há de fato um universo circunscrito, por assim dizer policialmente segregado. Um universo fechado por circunstâncias “modernas”, desastrosas, altamente preocupantes, que permite escrever um romance “à antiga”. Mas o romance não é antigo de jeito nenhum.

 

O que despertou mais a sua atenção foi exatamente essa possibilidade?
Não. Foi, primeiro, a extrema vivacidade da linguagem popular, dentro da monotonia tenebrosa das barbaridades, que é um ritmo da maior verdade. Depois, a mistura muito moderna e esteticamente desconfortável dos registros: a montagem meio crua de sensacionalismo jornalístico, caderneta de campo do antropólogo, terminologia técnica dos marginais, grossura policial, efusão lírica, filme de ação da Metro etc. E sobretudo o ponto de vista narrativo, interno ao mundo dos bandidos, embora sem adesão, que arma um problema inédito. Há ainda o conhecimento pormenorizado, sistematizado e refletido de um universo de relações, próximo da investigação científica, algo que poucos romances brasileiros têm. Enfim, é um mix poderoso, representativo, que desmanchou a distância e a aura pitoresca de um mundo que é nosso. É um acontecimento.

 

Em paralelo ao desenvolvimento de uma crítica dialética, florescia uma outra crítica bem diferente no Brasil, comandada pelos concretistas, em especial pelos irmãos Campos, e entre as duas se estabeleceu uma intensa polêmica. Gostaria que você situasse um pouco essa questão.

A oposição existe, mas no que importa ela não é fácil de fixar, porque foi recoberta por um fla-flu, errado em relação às duas partes. Até onde entendo, as versões que ficaram foram determinadas pelos anos da ditadura. Numa delas, os críticos ligados à Teoria Literária da USP seriam múmias conteudistas, professores atrasados, cegos para as questões de forma, praticantes do sociologuês, nacionalistas estreitos, além de censores stalinistas. Ao passo que no campo concretista estariam os revolucionários da forma, atualizados com o estruturalismo francês, o formalismo russo e a ciência da linguagem, conscientes de que o âmbito literário não se comunica com a vida social. Naturalmente a versão do campo em frente trocava os sinais desses mesmos termos e opunha, para abreviar, engajados a alienados, um pouco em paralelo – como me indicou uma amiga – com as polarizações dos festivais da canção da época. Ora, nada disso corresponde. Os críticos dialéticos eram formalistas de carteirinha, empenhados justamente na reflexão sobre o problema. Seu ângulo era estético, as suas simpatias eram modernistas e sua posição era anti-stalinista de longa data. As linhas teóricas a que se contrapunham eram a historiografia positivista, o psicologismo, o marxismo vulgar e a classificação das obras segundo as convicções políticas de seus autores. Para dar ideia da independência conceitual e crítica com que então se trabalhava na USP (em certos setores), não custa acompanhar alguns passos de um percurso característico. Talvez se possa dizer que Antonio Candido foi buscar no close reading do New Criticism – uma técnica formalista, desenvolvida nos States, na década de 30, com sentido conservador – um instrumento para fazer frente ao sociologismo e ao marxismo vulgar correntes na esquerda brasileira dos anos 40. Só que ele reelaborou o procedimento e o abriu em direção da história, com vistas na historicização das estruturas, o que lhe permitiu uma sondagem de novo tipo da literatura e da sociedade brasileiras. Sem alarde de terminologia, e muito menos de griffes internacionais, os ensaios de Antonio Candido que vêm ao caso aqui são seguramente as peças mais originais de análise estrutural já feitas no Brasil. Também no campo dos concretistas a história não cabe no chavão. É falsa a ideia de que fossem “alienados” ou desinteressados do rumo da história extraliterária. Como vanguardistas, entendiam a sua revolução formal como parte de uma revolução social em curso. Eram de esquerda e Haroldo se considerava próximo do marxismo, não sei se também nos últimos tempos. Se a pecha de pouco sociais colou neles no pré-64 foi devido aos preconceitos antiexperimentalistas do Partido Comunista, que na época dispunha de autoridade e denunciava o “formalismo” da arte moderna. O que não impediu os concretistas de disputar com galhardia o seu lugar dentro da esquerda e de anunciar, num congresso de crítica literária em Assis, em 1961, o seu “salto participante”. Procuravam articular a invenção formal com a radicalização política do Brasil. Em suma, contrariamente ao lugar comum, os dialéticos eram formalistas, os concretistas eram engajados, e o que nos movia a todos era a aceleração histórica do país.

 

Os concretistas desenvolviam a linha de Oswald de Andrade?

É o que eles dizem, embora eu ache difícil reconhecer o ar de família. Ainda quanto aos chavões, é interessante notar que ao contrário do que eles afirmam, e os outros repetem, eles são de longe os escritores brasileiros que mais se valeram da sociologia para a sua autojustificação e para explicar a própria primazia. Entre nós, não há outros que dependam tanto da teoria social para garantir a posição a que aspiram para a sua obra. A teoria deles vale o que vale, mas a contradição merece registro. Voltando à polêmica, não é fácil encontrar grandes razões para ela. De um lado, críticos-professores tentando uma interpretação histórico-estrutural da literatura brasileira, puxando para a esquerda. Do outro, à esquerda também, o grupo dos poetas concretistas, que militavam para impor a sua obra, em que viam a revolução, além de teorizarem em causa própria, o que é natural igualmente, mas nem sempre convence. Para que a história fosse outra (e ninguém fosse chamado de “vermina pestilente” ou chefe de uma “campanha de caça aos concretistas”), talvez bastasse que os professores da USP não tivessem torcido o nariz para a “tese” dos poetas, segundo a qual a linha nobre da poesia moderna, que vem de Mallarmé, passa por Oswald de Andrade, Drummond e João Cabral, culmina neles próprios. Mas pode-se imaginar também que o antagonismo tenha fundamento em idéias diferentes no que respeita à evolução das formas. Do ponto de vista dialético, a modernização formal existe, não significa o que pretende, e deve ser analisada não só como solução, mas também como problema. Do ponto de vista dos poetas concretos, que a buscam numa espécie de iconização e aceleração da linguagem, ela é a linha reta e positiva que leva a um indiscutível plano superior. Para reflexão, não custa notar que o Movimento Concreto foi lançado na mesma época em que Adorno assinalava, como um marco, o envelhecimento da Música Nova, ou seja, o esvaziamento da tensão vanguardista.

 

Mas o concretismo também mudou.

A partir de 1964/68, quando a revolução saiu da ordem do dia no Brasil, uma parte dos escritores passou a considerar a linguagem como a sua única trincheira. Foi a época em que a crítica literária falava de subversão da sintaxe, das formas, dos gêneros, revolução textual etc. Haveria um estudo engraçado a escrever sobre essas substituições.

 

E isso com alguns apoios teóricos internacionais, não?

Claro, claro. Foi o auge do estruturalismo de base linguística, e logo do neo-estruturalismo, este especializado na dissolução das estruturas positivas. Ao passo que o estruturalismo buscado por alguns na Teoria Literária da USP era de base histórica e estava descobrindo a potência formal, no plano estético, da estrutura de classes do país. Pensando melhor, talvez houvesse mais antagonismo do que ficou dito até aqui.

 

E depois essa guerra repercutiu também em espaços de maior reverberação do discurso, como o da música popular brasileira, não é?

É um ponto que merece atenção. O livro de Caetano Veloso, Verdade tropical, é muito valioso e interessante nesse sentido. Caetano tem ideia clara do que estava em jogo e tem grande capacidade de sintetizar debates intelectuais. O livro está sempre polemizando com a esquerda, mas descreve o processo de maneira realista. A ideia de que naquilo tudo só se tratasse de linguagem não passa pela cabeça dele.

 

Passada a fase mais furiosa do embate entre críticos dialéticos e concretistas, aparentemente algumas linhas de trabalho de crítica literária no país buscam uma certa síntese entre proposições das duas tendências. Em certa medida Silviano Santiago não faz isso?

Não penso que síntese seja a palavra. Mas Silviano escreveu na década de 70 “O entre-lugar do discurso latino-americano”, um ensaio de grande habilidade estratégica, a primeira mobilização importante da obra de Derrida no quadro brasileiro. Ele usa a desconstrução para descrer das categorias da opressão e fazer dela um jogo de linguagem, que certamente ela também é. Mas ela não será mais do que isso? Seja como for, também aqui não se tratava só de linguagem, pois o ensaio, até onde vejo, deveu a repercussão aos poderes a que se opunha: à prepotência dos militares, ao autoritarismo na esquerda armada, às presunções do imperialismo americano, a nosso sentimento de inferioridade diante da primazia cultural dos grandes centros etc. Mais adiante Silviano afinou a desconstrução de Derrida com o jogo ou conflito entre os gêneros, fazendo dela um elemento de liberação sexual, em especial da homossexualidade. Que eu saiba, foi o primeiro crítico a fazer da liberação da homossexualidade um elemento importante de periodização da história do Brasil, ao fazer que ela convergisse com o tema da abertura política e da redemocratização, de que seria uma pedra de toque. Na minha opinião é um grande lance, embora a construção me pareça conformista por outro lado.

 

Como você descreveria o panorama atual da crítica literária no Brasil? Quais são seus pontos de força teóricos?

As linhas teóricas internacionais estão representadas e funcionando, há pós-graduações numerosas, com bolsas de estudo, e, não obstante, há um certo esgotamento. Com perdão da mania, o que falta é espírito dialético. Como os momentos notáveis da cultura brasileira estão consagrados, não lembramos até que ponto dependeram do contato com o avesso da sociedade. Essa é uma verdade insuficientemente considerada. A reflexão hoje tem que se redimensionar através do mundo que está se formando à revelia do discurso oficial sobre a modernização e o progresso. Basta subir ao Alto de Santana e olhar São Paulo para saber que o que está acontecendo está fora de controle e tem pouco a ver com as grande linhas incorporadas em nossa organização mental. Nesse sentido, os cultural studies, com a sua falta de hierarquia, não deixam de ser uma resposta, embora – até onde sei – pouco crítica do capitalismo e pouco interessada em questões de estética, o que diminui muito o seu alcance. Um trabalho que acho admirável e não teve repercussão nenhuma é o ensaio de Iumna Simon, que saiu na revista Praga n° 7, sobre a poesia de Valdo Motta. Ele é um poeta negro do Espírito Santo, homossexual militante, muito pobre e dado a especulações teológicas. É uma poesia que toma o ânus do poeta como centro do universo simbólico. A partir daí, mobiliza bastante leitura bíblica, disposição herética, leitura dos modernistas, capacidade de formulação, talento retórico e fúria social. O ponto de vista e a bibliografia fogem ao corrente, mas o tratamento da opressão social, racial e sexual não tem nada de exótico. Bem, a Iumna leu o poeta por acaso, numa revista, percebeu a força e a importância do que estava ocorrendo, procurou saber mais, e acabou organizando um volume de poemas para a editora da Unicamp, juntamente com Berta Waldman (Valdo Motta, Bundo e outros poemas, 1996). Para fazer justiça ao poeta, que é perfeitamente contemporâneo, ela teve que se enfronhar em áreas que desconhecia e, sobretudo, compará-lo a seus pares, refletir sobre a sua inserção na cultura atual e tirar as conseqüências estéticas que cabem. É de trabalhos assim – sem desmerecer outras linhas possíveis – que a crítica depende para recobrar vitalidade e estar à altura da realidade.

 

Vou voltar a um ponto anterior: por que o New Criticism, como empreendimento nos Estados Unidos, era conservador?

O New Criticism nasceu com uma teoria de professores de Letras do sul dos Estados Unidos, o Old South anti-ianque. Eles viam o poema como um campo de complexidade singular, onde a linguagem não tem finalidade utilitária e não é abstrata, o que, de certo modo, simboliza uma oposição ao capital, ao mundo do Norte. Para consubstanciar essa posição, desenvolveram uma técnica de análise centrada em ambiguidade, tensão e ironia, atributos estranhos à funcionalidade moderna. Há uma carta de Allan Tate, uma das grandes figuras do movimento, em que ele diz que acabava de ler o artigo de um alemão que descrevia a obra de arte como eles, embora infelizmente fosse marxista. O alemão era Adorno, que era refugiado de guerra nos Estados Unidos. A anedota é interessante porque mostra que o anticapitalismo de Adorno, com horizonte socialista, até certo ponto convergia com o anticapitalismo de um sulista católico e tradicionalista – na posição contrária à instrumentalização da linguagem. A análise cerrada que o New Criticism praticava representou de fato um patamar novo em matéria de compreensão da complexidade interna da poesia. A técnica podia ser usada, é claro, de muitas maneiras. Anatol Rosenfeld, por exemplo, dizia explicitamente que praticava o close reading, mas informado por sua cultura filosófica, que não tinha nada que ver com a dos new critics americanos. Eles talvez fossem provincianos, mas desenvolveram uma coisa genial.

 

O New Criticism foi bem assimilado no Brasil?

É um bom tópico de pesquisa. Nos anos 50 houve militância, em especial de Afrânio Coutinho, hoje difícil de ler. Como sempre, aproveitaram bem os que tinham projeto próprio e souberam guardar distância, como Sérgio Buarque e Antonio Candido.

 

Não lhe parece que o mundo contemporâneo, midiatizado, espetacularizado, oferece um ambiente pouco adequado à literatura como um exercício insistente e forte? O fenômeno é só brasileiro?

Certamente não. Mas de alguma maneira os intelectuais brasileiros estão cavando pouco o seu próprio terreno. Conhecemos pouco as coisas das quais dependemos nesse momento. Se você pensar no conhecimento que tinham da sua matéria Guimarães Rosa, Mário de Andrade, Machado de Assis, vai ver que a escrita deles estava associada a um processo tenaz de aquisição de conhecimento, de verificação social e moral, de experimentação. No fim de contas, uma das coisas que mais distingue o livro de Paulo Lins é que, como ele foi assistente de pesquisa de uma antropóloga, tem o conhecimento exaustivo e articulado do universo dele. Isso dá ao livro uma potência própria, que falta aos colegas. O sumiço da exigência intelectual não precisava ter ocorrido, foi uma falta de pique. Também na poesia aconteceu uma coisa assim, ela abriu mão de falar do mundo contemporâneo de maneira sustentada. No Brasil, por uma razão que não sei, de repente começou a surgir uma poesia curtinha, pouco reflexiva, pouco ousada. Digo isso sabendo que não é tudo, pois a poesia mais minimalista dos últimos tempos é também – na minha opinião – a mais reflexiva e complexa – estou pensando no Elefante, de Francisco Alvim.

 

Quando você diz que não sabe, é ironia, ou não sabe mesmo?

Eu diria que o predomínio do concretismo, que atravessou a segunda metade do século passado, tornou a poesia impermeável ao pensamento, com muito prejuízo para ela. A culpa não é dos concretistas, acho natural que todo grupo poético procure se promover e valorizar. O que aconteceu de incrível foi que o mundo intelectual brasileiro pouco ou nada opôs àquele padrão. Marx diz a certa altura que o segredo da vitória de Luis Napoleão não está na força dele, mas na fraqueza da sociedade francesa do tempo. Analogamente, acho mesmo o caso de perguntar pelo que aconteceu à vida cultural brasileira do último meio século para que algo tão limitado como a poesia concreta pudesse alcançar tanta eminência. É uma questão mais profunda do que pode parecer. Tem a ver com a credulidade subdesenvolvida diante do progresso.

 

Queria que você contasse o caso curioso de Bertha Dunkel, que pouca gente conhece.

Foi o seguinte: mais ou menos em 1966 me encomendaram uma explicação didática da ideia marxista de mais-valia, para ser usada em aulas para um grupo operário, clandestino na época. Escrevi com a maior clareza de que era capaz. Como não saiu ruim, houve interesse em divulgar o folheto em âmbito maior, e o grupo da Teoria e Prática resolveu publicá-lo na revista. Inventei uma personagem para assinar o “artigo”, que era essa Bertha Dunkel. Bertha para Roberto, e Dunkel, que quer dizer escuro, para Schwarz, que é preto. Escrevi uma pequena biografia como introdução, explicando que ela era uma escritora alemã de vanguarda, que nos anos 20, tocada pela proximidade da revolução, resolvera se dedicar ao didatismo político, no qual via uma forma literária e um problema estético. É claro que eram questões que estavam interessando a mim. A coisa teve um desdobramento engraçado porque um intelectual de renome, que conhecia tudo do movimento operário alemão, tinha lembrança de Bertha.

 

 

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“Elegia a um tucano morto”, de Carlos Drummond de Andrade

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Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade

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Programação completa do Dia D – Dia Drummond

Programação completa do Dia D – Dia Drummond [via IMS]:

BRASÍLIA

 

Sebinho Livraria café e bistrô

Cln 406, Bloco C, s/n, Lojas 30/34/44/72 – Asa Norte
Telefone: (61) 3447-4444

Dia 31 de outubro

Horários:
Das 9h às 22h – Exibição do vídeo sobre as 4 fases da poesia de Drummond, recitadas pelos funcionários do Sebinho

Das 12h às 23h – No almoço e jantar teremos um cardápio tipicamente mineiro, com direito a petiscos, doces e uma cachacinha mineira.

Às 19h – Exibição do filme “Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade” com a apresentação feita pelo Professor da UnB Alexandre Pilati.

Às 20h – Sarau Declame para Drummond com microfone aberto.

Às 21h – Liberação dos 180 poemas do “Projeto Declame Drummond” em balões de gás-branco-paz para serem encontrados no meio dos caminhos de Brasília. 

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CEARÁ

 

Fortaleza

Instituto da Primeira Infância – Iprede / Universidade Federal do Ceará

Rua Professor Carlos Lobo, 15.

31 de outubro

9h30 – Recepção dos participantes e imersão com áudio e vídeo sobre a obra de Drummond. 

10h – Exibição do DVD Vida e verso de Carlos Drummond, de Andrade, produzido pelo IMS, com roteiro e direção de Eucanaã Ferraz e fotografia de Walter Carvalho. 

10h30 às 12h – Sarau lítero-musical

 

Auditório Associação dos Docentes da UFC – ADUFC

Av. da Universidade, 2346 – Benfica. 

31 de outubro, das 9h às 12h. 

Entrada gratuita e aberta ao público.

Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade.  

Mesa-redonda: “Drummond: o tempo presente, a vida presente”.

Com participação de professores de Literatura Brasileira da UFC: Marcelo Magalhães, Claudicélio Rodrigues e Suene Honorato. Promoção: Departamento de Literatura da UFC. 

Organização: Fernanda Coutinho, Tyanne Maia e Yuri Poti. Realização: Universidade Federal do Ceará, ADUFC.  

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MINAS GERAIS

 

Poços de Caldas

Casa da Cultura – Instituto Moreira Salles

Rua Teresópolis, 90 – Jardim dos Estados.

31 de outubro, às 19h.

Aberto ao público com limite de 150 participantes. Entrada gratuita. 

O Educativo de Poços de Caldas realizará no Dia D um sarau com a participação de membros da academia de letras de Poços de Caldas. Antes do sarau, às 19h, será exibido o DVD Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade

Para informações, entrar em contato com o setor educativo pelo telefone (035) 3722-2776, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h.

 

Belo Horizonte

Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade

Rua José Galding, 21, Letícia, Belo Horizonte

Dia D – Guerra e esperança nos versos de Drummond

25 de outubro

8h – Concentração na EMCDA

Exposição de trabalhos e intervenções poéticas.

9h – Lanche

9h30 – Caminhada em favor da paz rumo ao auditório da Escola de Ensino Especial (Rua Carlos Torrezani) com participação especial dos Arautos da Poesia (Sabará/MG)

10h – Chegada ao Ensino Especial

10h15 – Apresentação do Grupo Aprendizes de Drummond: poemas encenados das obras Sentimento do mundo, José e A rosa do povo.

Às 11h – Show Poemas musicados com Ana Cristina e Sarau Trio 

31 de outubro, às 19h

Noite de Sarau com Aprendizes de Drummond e Grupo Semearte de teatro.
Eventos abertos à comunidade.

 

Livraria Mineiriana 

Rua Paraíba, 1419 – Savassi- Tel.: 31 3223-8092.

31 de outubro

Das 9h às 22h – Exibição em looping do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade 

19h30 – bate-papo com escritores mineiros sobre a obra do Drummond e leitura de poemas do poeta.

Com: Ana Martins, Kiko Ferreira, Laura Cohen, Jovino Machado, Ana Elisa, Maria Ester Maciel, Sérgio de Mattos, Carlos de Britto, Leo Moraes, Teodoro Rennó, Guilherme Hargreaves, Patrícia Mães, Kaio Carmona, Jacyntho Lins Brandão, Simone Andrade e Mário Alex Rosa.

 

Tiradentes – MG

Sesi Tiradentes – Centro Cultural Yves Alves 

Sistema Fiemg – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
Rua Direita, 168 – Centro – Tiradentes – MG.

O Sesi Tiradentes – Centro Cultural Yves Alves, em parceria com o Museu da Liturgia e Instituto Cultural Biblioteca do Ó, convida para a exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade e sarau de poesias. 

7 de novembro  

19h – Sarau de poesias 

20h – Exibição do filme 

 

Viçosa – MG

Casa Arthur Bernardes

Praça Silviano Brandão, no 69 – Centro.

8 de novembro

18h – Leitura de poemas; Microfone aberto.

19h30 – Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade.

Entrada gratuita. Limitado a 100 lugares (estudantes universitários, professores e demais membros da comunidade interessados)

Organização – Luciana Beatriz Ávila (UFV); Elisa Lopes (UFV); Renata Sant’Ana (FDV)
PIBID – Departamento de Letras Artes da Universidade Federal de Viçosa.
Projeto Língua Portuguesa/Literatura.
Faculdade de Viçosa (FDV)

Apoio de DAC e PEC (UFV)

 

Itabira – MG 

Galeria de Arte da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro.

6 a 24 de outubro – Entrada gratuita.

Horário: de terça a sexta-feira, das 8h às 18h; sábado e domingo, das 10h às 16h. 

Exposição itinerante Carlos Drummond de Andrade – Hoje tem festa no meio do caminho.

Por meio da parceria entre a Fundação Cultural e a Superintendência de Bibliotecas Públicas de Minas Gerais, Itabira recebe mais uma vez a exposição literária itinerante que homenageia o poeta maior. Em Hoje tem festa no meio do caminho, 22 painéis coloridos e ilustrados narram a vida e a obra de Drummond. 

Agendamento de visitas guiadas: Biblioteca Pública Luiz Camillo de Oliveira Netto

Telefone: (31) 3835-2102

E-mail: bibliotecapublica.itabira@fccda.mg.gov.br

 

Casa de Drummond 

Praça do Centenário, 116 – Centro.

Todas as terças-feiras, às 14h – Entrada gratuita.

Projeto “Tecitura” 

Ler, bordar, compartilhar ideias entre linhas coloridas, bastidores, dedais e poesia. Esses são os objetivos do projeto “Tecitura”. Em encontros semanais, no jardim interno da Casa de Drummond, um grupo de bordadeiras se reúne para pesquisar e difundir a obra de Carlos Drummond de Andrade e vários outros poetas brasileiros. 

Informações: Os trabalhos do grupo já estão acontecendo e os interessados podem entrar em contato na Casa de Drummond. Telefone: (31) 3835-3894

 

Extensão cultural – Circuito Bairros – Praia

Rua Guarani – Bairro Praia

19 de outubro, às 14h – Entrada gratuita.

Dando sequência ao projeto de descentralização cultural, o Circuito Bairros leva suas atrações ao bairro Praia. A programação começa com a contação de histórias musicais com a trupe belo-horizontina Maria Farinha e, logo após, atividades circenses. Além disso, a Biblioteca Pública Luiz Camillo de Oliveira Netto, por meio do projeto “BibliotecaMinha”, promove atividades de incentivo à leitura. E encerrando o dia, o show “Itabiranos em Cena” reúne os artistas Sérgio Diaz, Banda DR80 e Banda Jurassic Metals.

 

Galeria da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro.

21 a 24 de outubro – Entrada gratuita.

Terça a sexta-feira, das 8h às 18h; sábado e domingo, das 10h às 16h30.

Exposição Drummond: Memórias da terra natal 

Esta exposição reúne trabalhos confeccionados por alunos da rede municipal de ensino de Itabira. A ideia é evidenciar a forte presença da terra natal na obra drummondiana, já que Itabira é retratada como espaço de destaque nas lembranças que permeiam a criação do autor.

 

Escola Livre de Música 

Rua Guarda-Mor Custódio, 156 – Centro.

22 de outubro, às 19h – Entrada gratuita.

Música: Recital de piano com os alunos do professor Felipe Magalhães e apresentação da Orquestra de Teclados da Escola Livre de Música de Itabira. 

Os alunos do professor Felipe Magalhães abrem a noite apresentando-se em um belo recital de piano. Em seguida, com arranjos exclusivos para esta atividade, a Orquestra de Teclados reúne vários alunos de piano com níveis diferentes para fazer música juntos. Este será o primeiro recital temático, com o repertório dos Beatles.

 

Galeria da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro.

27 a 31 de outubro.

Segunda a sexta-feira, das 9h às 20h – Entrada gratuita. 

Feira literária

A Fundação Cultural recebe uma feira literária que reúne importantes editoras brasileiras, dá acesso aos principais sucessos literários nacionais e apresenta as novidades do mercado internacional.

 

Memorial Carlos Drummond de Andrade 

Pico do Amor, s/n°- Bairro Campestre.

27 a 31 de outubro, ao longo do dia – Entrada gratuita.

Literatura – Escambo literário

“Escambo” significa “troca direta de bens sem pagamento financeiro”.

A Fundação Cultural relembra esse antigo costume, incentivando as pessoas a trocar seus livros, em bom estado de conservação. Além disso, essa é uma boa oportunidade para trocar experiências e casos.

 

Casa de Drummond 

Praça do Centenário, 116 Centro.

27 a 31 de outubro, ao longo do dia 

Intervenção: Pintura mural com Laz Muniz

O artista plástico Laz Muniz se inspira na poética drummondiana para reproduzir “em traços” um pouco das características presentes na obra do escritor e transformar  o muro da Casa de Drummond num grande painel em homenagem ao itabirano ilustre.

 

Museu de Itabira 

Praça do Centenário, 116 – Centro.

27 a 29 de outubro

Horário: das 14h às 20h – Inscrição gratuita

Público alvo: a partir de 16 anos

Vagas: 20 

Oficina: “Casas, quintais e memórias: Uma incursão ao espaço do vivido e da diversidade”

Ministrante: José Márcio Barros e Lívia Espírito Santo. 

Inscrições: Av. Carlos Drummond de Andrade, 666 – 3835-2102.

Por meio do registro fotográfico e sonoro do interior das casas e das lembranças de seus habitantes, a oficina explora os modos de tecer memórias e a importância do patrimônio material e imaterial.

 

Galeria da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

27 de outubro

Horário: das 8h às 9h30 – Entrada gratuita 

Contação de histórias e sarau poético Contos e encantos: Drummond em prosa e verso.

Por meio de contação de histórias e sarau, crianças do ensino público são envolvidos em uma atmosfera de leveza e musicalidade e se aproximam do universo lúdico do autor. Essa é uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação.

 

Casa de Drummond 

Praça do Centenário, 137 Centro

27 de outubro

Horário: das 18h às 20h30 – Inscrições gratuitas

Público alvo: acima de 16 anos | Vagas: 18

Turma 1 

OFICINA: “A sacralidade da vida em Drummond”. Ministrante: Leda Carvalho 

Inscrições: Casa de Drummond, telefone (31) 3835-3894

 

Escola Estadual Mestre Zeca Amâncio

Rua Irmãos D’caux, 1 – Centro

Turma 2 

28 de outubro, das 19h às 21h30 – Inscrição gratuita

Público alvo: alunos do curso de Magistério | Vagas: 20 

Por meio de uma roda de leitura, Leda Carvalho promove uma imersão nos poemas e nas crônicas do autor ligados ao tema. Além disso, intercalando música, pesquisa de imagens, dinâmicas de entrosamento será possível diminuir o distanciamento entre autor e leitor.

 

Galeria da FCCDA

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

27 de outubro, às 18h – Entrada gratuita 

Música + literatura – Apresentação da Orquestra de Câmara e Drummonzinhos

A Orquestra de Câmara se apresenta com a série “música brasileira”, levando ao público um repertório que abrange clássicos da MPB e música brasileira instrumental.  E interagindo com os músicos, os Drummonzinhos interpretam pílulas literárias do poeta itabirano.

 

Galeria da FCCDA

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

27 de outubro, às 18h30 – Entrada gratuita 

Palestra: Humberto Werneck em “O mestre aprendiz”.

Humberto Werneck é jornalista e começou na profissão sob  o comando de Murilo Rubião. Ainda como jornalista, trabalhou em importantes veículos como o Jornal da Tarde (correspondente em Paris nos anos 1970), revistas Veja e IstoÉ e Jornal do Brasil. Além disso, é cronista do Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo. A convite da editora Companhia das Letras, está preparando uma biografia de Carlos Drummond de Andrade. Entre seus livros lançados estão “O desatino da rapaziada – Jornalistas e escritores em Minas Gerais”, “O santo sujo — A vida de Jayme Ovalle” (prêmios APCA e Jabuti de biografia) e “Chico Buarque — Tantas palavras” (reportagem biográfica). Nessa palestra, fala sobre os anos de formação de Drummond – dos 17 (quando fez sua estreia na imprensa de Belo Horizonte) aos 32 (quando deixa Minas Gerais para sempre) – e discorre sobre as 133 crônicas que, oito décadas depois, ainda são privilégio de poucos leitores.

 

Teatro da FCCDA

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

27 de outubro, às 20h

Ingressos: R$ 5

Peça de teatro: O Palco em Resíduo Drummond 

A partir de muitos anos de estudo e aproximação da obra de Carlos Drummond de Andrade, o ator e professor de literatura Maurício Soares Filho, em parceria com a diretora Luciana Garcia, concebeu o monólogo Resíduo Drummond. Com texto composto por 19 poemas e prosas de Drummond, usando como suporte a figura de um homem com o qual todos conseguem se identificar, o espetáculo acaba sendo um belo convite ao universo poético.

 

Galeria da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

28 de outubro

Horário: sessão 1: às 9h30, sessão 2: às 14h  – Entrada gratuita 

Trupe Maria Farinha em No meio do caminho – Drummond para crianças.

Nessas apresentações, a Trupe Maria Farinha selecionou histórias e poesias que narram e cantam a obra do Menino Carlito Drummond. Aqui, a palavra além de informar, esclarecer e iluminar,  tem a fun- ção de produzir literatura.  A contação é comandada por Babu Xavier e Sandra Bittencourt  e eles tem a intenção de compartilhar  com a criançada livros, histórias e boas músicas.

 

Galeria da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

28 de outubro, às 18h – Entrada gratuita 

Palestra e mesa redonda “Diário de bordo das experiências pedagógicas com textos drummondianos”.

Trabalhar o texto drummondiano ainda é um desafio  para  os professores da rede municipal de ensino em Itabira. Para compartilhar experiências bem sucedidas e incentivar educadores a buscarem novas alternativas no estudo da obra do escritor, a Secretaria Municipal de Educação promove uma mesa redonda com a participação de Márcia Aparecida Martins, Maria Lúcia Azevedo de Oliveira e Fabiana Aparecida Fonseca. A mediação será feita por Conceição Ribeiro de Araújo.

 

Teatro da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

28 de outubro, às 20h – Entrada gratuita

Distribuição de ingressos uma hora antes do evento, sujeito à lotação 

Música – Makely Ka em “Cavalo motor”.

A inspiração desse show foi o percurso do personagem Riobaldo, protagonista de Grande sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. A bordo de sua bicicleta, o músico pedalou por quase 1.800 km registrando áudios, vídeos e fotos de sua aventura.

 

Galeria da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

29 de outubro, das 8h às 9h.

Público alvo: alunos da Escola Municipal Marina Bragança de Mendonça.

Ministrante: Integrantes do Programa Biblioteca Escolar 

Oficina – Confecção de origami

A arte de dobradura chinesa ganha novos contornos quando inspirada na obra de Drummond. Assim, a oficina oferecerá técnicas de construção de origami, inspiradas na obra de Carlos Drummond de Andrade.

 

Galeria da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666

29 de outubro, das 10 às 12h 

Bate-papo e lançamento do livro infantil Benedito, com Josias Marinho.

O educador e ilustrador Josias Marinho lança o livro infantil Benedito, que conta a história de uma criança que se encanta pela batida do tambor do Congado, instrumento que guarda memórias ancestrais de um povo.

 

Galeria da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666

29 de outubro, às 14h – Entrada gratuita 

Laz Muniz e Alexsandra Teixeira em Pim! Pam! Pum… Fedeu!

Enquanto Alexsandra conta suas histórias, Laz Muniz faz suas ilustrações simultaneamente. Assim, eles levam o público infantil a momentos de lazer, interatividade, diversão e cultura literária.

 

Galeria da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666

29 de outubro, das 16h às 18h – Entrada gratuita

Público alvo: a partir de 10 anos | Vagas: 20

Inscrições: Av. Carlos Drummond de Andrade, 666 | 38358-2102

Bate-papo e oficina “Desenhando ao som de chocalhos”

Vencedor de importantes prêmios internacionais de literatura, Josias Marinho recebe o público para conversar sobre a literatura afro-brasileira. Em seguida, comanda uma oficina em que os participantes usam chocalhos nos tornozelos, além de uma espécie de sapatos-carimbo, e produzem não só sons, como arte.

 

Galeria da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666

29 de outubro, às 19h – Entrada gratuita 

Apresentação do Coral da FCCDA

Regido pelo maestro Felipe Magalhães, com nova formação, o Coral se apresenta com um repertório que abrange um conjunto de cânones, cantados em diferentes estilos, lugares e línguas.

Divulgação

 

Teatro da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666

29 de outubro, às 20h

Ingresso: R$ 5 

Palestra: Gabriel O Pensador em “Incentivo à Leitura” 

Com suas letras de cunho contestador, Gabriel O Pensador marcou posto no rap nacional, tanto por sua origem na classe média carioca quanto pela irreverência com que aborda alguns temas e estereótipos. Além de cantor e compositor, ele vem se destacando na literatura brasileira. Autor de duas publicações, “Um menino chamado Rorbeto” (infantil) e “Diário Noturno” (adulto), ele vem a Itabira falar sobre a importância da literatura em sua carreira.

 

Galeria da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

30 de outubro, às 19h – Entrada gratuita 

Roda de conversa “Amor na poesia de Drummond” 

Mediadas por Solange Alvarenga, as professoras itabiranas Joana D’Arc, Terezinha Bretas e Leda Carvalho abordam uma temática recorrente na obra de Carlos Drummond de Andrade: as várias facetas do amor.

 

Concha Acústica 

Encosta Leste do Pico do Amor, s/n

Dia: 30 de outubro, às 21h – Evento gratuito 

SHOW COM GABRIEL O PENSADOR 

Um dos maiores nomes do rap brasileiro, Gabriel O Pensador se destaca no cenário musical pelas letras carregadas de crítica social e política. Autor de sucessos como “Lôraburra” e “Retrato de um Playboy”, se acostumou a provocar polêmica com sua música. Em Itabira, canta grandes sucessos da carreira como “Cachimbo da Paz”, “Até Quando”, “Festa da Música” e “2345meia78” e apresenta as músicas do novo disco “Sem crise”.

 

Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

31 de outubro, ao longo do dia 

EXTENSÃO CULTURAL | DIA D – DIA DRUMMOND 

Em uma parceria com o Instituto Moreira Sales, a Fundação Cultural realiza exibições do longa-metragem “Vida e verso de Carlos Drum- mond de Andrade”, com roteiro e direção de Eucanaã Ferraz e foto- grafia de Walter Carvalho.  Baseado na leitura criada para o palco, em 2013, o filme reúne quatro importantes escritores contemporâneos: Joca Reiners Terron, Antonio Cicero, Alberto Martins e Afonso Henriques  Neto. Do nascimento à morte, Drummond aparece no filme de corpo e alma, com humor, ironia e emoção.

 

Fazenda do Pontal 

Rua Maria Julieta, s/n°. – Campestre

31 de outubro, às 14h – Entrada gratuita 

LEITURAS DRUMMONDIANAS 

Para homenagear os vinte anos da morte de Drummond, a professora da UnB, Elizabeth Hazin, escreveu a peça “Viagem na família”. A estudiosa se baseou em três palavras que, para ela, são uma constante no texto drummondiano: tempo, memória e morte. Assim, um grupo de atores itabiranos realiza a leitura da peça de Elizabeth.

 

Fazenda do Pontal 

Rua Maria Julieta, s/n°. – Campestre

Dia: 31 de outubro, às 16h – Entrada gratuita 

PALESTRA | IVAN DOMINGUES EM “PROJETOS LITERÁRIOS NA LEI ROUANET” 

Ivan Domingues das Neves é o Secretário de Fomento e Incentivo do Ministério da Cultura e responsável pela supervisão e aplicação dos projetos da Lei Rouanet e do benefício do Vale-Cultura. À frente da secretaria, vem trabalhando para implementar e incrementar as ações e políticas voltadas para o fortalecimento da riqueza cultural do país. Nessa palestra, discorre sobre as dificuldades que projetos literários tem para ser aprovados na Lei Rouanet e que empresas tem para atrelar sua marca a projetos como esses.

 

Memorial Carlos Drummond de Andrade 

Pico do Amor, s/n° – Campestre

31 de outubro, às 19h – Entrada gratuita 

LANÇAMENTO DA REVISTA “EM FOCO. A BELEZA DE ITABIRA ESTÁ EM SEU OLHAR – PERMANÊNCIA E RUPTURA” 

Os alunos do 3º Ano do Ensino Médio da EEMZA elaboraram uma revista que volta as atenções para a obra de Drummond e como ela influencia na conservação de bens materiais e imateriais.

 

Fachada da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

31 de outubro, às 18h –  Gratuito 

VIDEO MAPPING | PROJEÇÃO MAPEADA 

Este é um espetáculo interativo sobre o trabalho literário  de Drummond e sua ligação com a cidade de Itabira. Apresenta projeções e trilha sonora ao vivo em um show de imagens e luzes, transformando a Fundação Cultural em uma grande tela das narrativas do autor.

 

Teatro da FCCDA 

Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro

31 de outubro, às 20h

Ingresso: R$ 5 

CIA LUNA LUNERA EM “PRAZER” 

O ponto de partida desse espetáculo foi um fragmento do livro “Uma aprendizagem ou o Livro dos Prazeres” de Clarice Lispector, em que um dos personagens diz que “uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de”. No palco, quatro amigos se encontram em um país estrangeiro e tentam superar as inquietações e angústias do cotidiano apoiados na confiança de que ainda existe alegria no mundo.

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PARAÍBA

 

Guarabira

Associação dos moradores do bairro do Cordeiro

Rua Cônego Matias Freire, 247 – Bairro do Cordeiro.

24 de outubro, às 19h30.

Exibição para crianças e jovens do projeto social do Bairro do Cordeiro. 

31 de outubro, às 19h30.

Exibição para sócios e moradores do Bairro do Cordeiro. 

Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade.

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PERNAMBUCO

 

Recife – PE

CIS – Centro Integrado de Saúde – Sala de leitura da Comunidade Roda de Fogo Recife

Rua Lindolfo Collor, 65. 

30 de outubro, das 8h às 10h30 e das 14h às 16h30.

Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade e recital de poemas de Drummond escolhidos pelos alunos. 

 

Colégio de Aplicação da UFPE

Avenida da Arquitetura s/nº – Cidade Universitária. 

31 de outubro, das 9h20 às 11h e das 11h às 12h40.

Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade e recital de poemas de Drummond escolhidos pelos alunos. 

Somente para convidados. 

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RIO DE JANEIRO

 

Rio de Janeiro 

Instituto Moreira Salles

Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea.

Exibição no cinema de Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade

 

31 de outubro, às 20h.

O filme, produzido pelo IMS, com roteiro e direção de Eucanaã Ferraz e fotografia de Walter Carvalho, reune quatro escritores contemporâneos para apresentar a vida e a obra de Carlos Drummond Andrade. Um narrador – Joca Reiners Terron – conta a vida do poeta, enquanto Antonio Cicero, Alberto Martins e Afonso Henriques Neto pontuam a cronologia com leituras de poemas, trechos de cartas, diários, crônicas e ensaios críticos.

Entrada franca. Senhas serão distribuídas antes da sessão. O cinema tem 113 lugares.

Programação infanto-juvenil – Atividade com poesia de Drummond pelos jardins do IMS

31 de outubro, 11h às 12h ou 14h às 15h
Faixa etária: 9 a 15 anos 
Local: Jardins do IMS RJ

A partir do poema “No meio do caminho” os participantes serão convidados a realizar um jogo de caça às palavras pelos jardins de Roberto Burle Marx e criar uma nova poesia.

 

Biblioteca Parque do Rio de Janeiro

Av. Presidente Vargas, 1261- Centro

31 de outubro

13h – Exibição do filme Consideração do poema, no auditório

14h30 – Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade, no auditório.

Após a sessão, o público será convidado a recitar, interpretar, poesias de Drummond, no palco, que terá microfone aberto aos interessados. 

Do lado de fora do auditório, no espaço do café literário, haverá livros de Drummond, do nosso acervo. As pessoas poderão consultar ou levá-los ao palco para apresentação.

 

Parque das Ruínas

Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa

4 de outubro, às 10h30

Leitura do roteiro Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade, organizado por Eucanaã Ferraz. Curadoria de Ninfa Parreiras e produção de Luciana Peralva, Miriam Ribeiro e Rachel Facó.

Biblioteca Central da PUC-Rio
Rua Marquês de São Vicente, 225
Edifício da Amizade – Ala Frings – 3° andar – Gávea

Dia 31 de outubro, às 10h e às 16h
Exibição do Filme: Vida e Verso de Carlos Drummond de Andrade. Local: Sala de treinamento.

Exposição de livros do Drummond que fazem parte do acervo da Biblioteca. Local: próximo ao balcão de empréstimo.

Casa da Leitura/BN/MINC

Rua Pereira da Silva, 86, Laranjeiras

Telefone: 2557-7437

Entrada gratuita

27 de outubro, às 19h.

Cine-Literatura apresenta no projeto Drummond – Dia D: Vida e Verso de Carlos Drummond de Andrade. Direção e roteiro de Eucanaã Ferraz 

29 de outubro, às 19h

Sala Clarice Lispector   

Drummond – Sarau cênico de poemas e crônicas do escritor Carlos Drummond de Andrade. 

Concepção de Delson Antunes, com a participação de dez atores.

 

Centro Educacional Anísio Teixeira – CEAT

Rua Almirante Alexandrino, 4098 – Santa Teresa

27, 28 e 30 de outubro, às 8h

Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade.

Leitura do roteiro elaborado pelo Eucanaã Ferraz com a participação dos alunos e professores. Curadoria de Ninfa Parreiras.

Para alunos de Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio

 

Estação das Letras

Rua Marquês de Abrantes, 177 – Flamengo

28 de outubro, às 19h

Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade.

Após a exibição do vídeo, haverá um debate sobre a atualidade da Poesia de Drummond. Curadoria de Ninfa Parreiras.

 

Biblioteca da Faculdade de Letras – UFRJ

Av. Horácio Macedo, 2151 – Térreo – Cidade Universitária (Ilha do Fundão). Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 20h.

De 15 a 31 de outubro

Exposição de livros sobre o poeta Carlos Drummond de Andrade que compõem o acervo da biblioteca. Disponível para empréstimo para os usuários da biblioteca e consulta para o público externo. Consulte nosso catálogo online.

Auditório G-2

Dia 31 de outubro

Às 18h – Comunicações
O mover do tempo na poesia de A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade – Bruna Oliveira
“Imenso e imortal”: Carlitos em cena no modernismo brasileiro – Tatiana Corrêa da Silva
O sentimento de culpa na poesia de Carlos Drummond de Andrade – Wendel Carlos de Sousa

Às 19h – Exibição do filme “Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade”, direção de Eucanaã Ferraz

 

Campos dos Goytacazes – RJ

Universidade Salgado de Oliveira
Av. Osvaldo Cardoso de Melo (Antiga Av. 28 de Março), 856 – Parque Dom Bosco. Local: auditório.
Telefones: (22) 3054 9974 / (22) 3054 9976

Dia 31 de outubro, às 19h
Entrada gratuita e aberta ao público
Capacidade: 120 lugares

Exibição do filme “Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade”. Com a participação das turmas da universidade com a Professora Sylvia Paes (Academia Campista de Letras)

 

Rio das Ostras – RJ

Espaço Jequitibá

Rua Jequitibá, 198 – Bosque da Praia

31 de outubro, das 18h às 20h.

Sarau de poesia e lançamento do livro Deuses e fadas, de Sonia Branco.

Leitura do roteiro Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade por: Ana Lúcia Teixeira Dias de Oliveira, José de Oliveira Neto, José Prado, Leticia Cristina Dias Teixeira, Naja Botelho Thomé, Rosemarie Teixeira, Simone Mota e Sonia Branco.

1 de novembro, das 11h às 12h.

Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade. Roteiro e direção de Eucanaã Ferraz e fotografia de Walter Carvalho.

Curadoria: José Prado e Ana Lúcia Teixeira Dias de Oliveira. Espaço Jequitibá: Rosemarie Teixeira e Leticia Cristina Dias Teixeira.

 

Duque de Caxias – RJ

Museu Ciência e Vida – auditório.

Rua Ailton da Costa, s/n.

31 de outubro, às 14h.

Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade

 

Laje do Muriaé – RJ 

Centro Cultural Maria Beatriz

Rua Ferreira César 269 – Bairro Pindoba

Para mais informações: acefe-bce-centroculturalmariabeatriz@hotmail.com ou celular operadora vivo (22) 999155602

No meio do caminho tem o Drummond 

27 a 30 de Outubro, às 11h e 15h. 

Oficinas de poesias e desenhos em salas de aula.

31 de Outubro, às 9h, 14h, 18h. 

Cineclube no CIEP 343 Professora Emíla Diniz Ligiéro – Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade, que será exibido em três turnos (Manhã 8h, tarde 14h e noite 18h) para alunos, professores, funcionários e convidados.

31 de outubro, às 19h. 

A professora Eliane Decottignies fará uma pequena fala sobre Drummond, seguido da abertura da exposição do Projeto No meio do caminho tem o Drummond, com trabalhos dos alunos realizados durante a semana. Evento aberta para o púbico.

31 de outubro, às 20h. 

Dramatização com a participação dos alunos do projeto No meio do caminho tem o Drummond, apresentando poemas escritos por eles durante a semana e poemas de Drummond. Programação aberta para o público. 

O projeto iniciará em salas de aula no dia 27 de outubro com participação dos alunos das turmas 601 e 801, com culminância no dia 31 de outubro no Centro Cultural Maria Beatriz e Cineclube Pindoba no CIEP 343 Professora Emília Diniz Ligiéro. 

Realização local: Equipe do Centro Cultural Maria Beatriz

Idealizadora do Projeto: Professora Eliane Decottignies

Parceiros: Sepe (Sindicato Estadual dos profissionais de Educação) e CIEP 343 Professora Emília Diniz Ligiéro

Valença – RJ

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
Rua Voluntários da Pátria, nº 30, Bairro Belo Horizonte
Dia: 5 de novembro, a partir das 18h30
Auditório do CEFET-RJ Valença
– Sarau de poesias com membros da Academia Valenciana de Letras
– Curta peça teatral da Cia. Amor e Arte
– Exibição do Filme: Vida e Verso de Carlos Drummond de Andrade
– Exibição de obras literárias com a Cia. do Livro
– Leitura de poesias com microfone livre

Organizadores: André Fonseca, Maria Luiza Freitas e Alexandre Drumond

 

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SANTA CATARINA

Criciúma – SC

Casa de Arte e Cultura Colher de Chá

Rua Joaquim Nabuco, 1062 – Bairro Michel.

31 de outubro, às 20h.

Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade.

Organização: Coletivo 100Palavras. Responsáveis pelo evento: Escritoras Beatriz Leal Vieira e Cristiane Fassicolo.

 

Imbituba – SC 

Biblioteca Pública Municipal Cônego Itamar Luiz da Costa

Rua Nereu Ramos, 276 – Centro 

31 de outubro, às 10h, 15h e 19h 

Exibição do filme “Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade”.

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SÃO PAULO

 

São Paulo

Instituto Moreira Salles

Rua Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis.

31 de outubro, das 18h30 às 21h. 

Aberto ao público e com limite de 40 participantes. Entrada gratuita, mediante confirmação pelo telefone.

Dia D – Dia de Drummond com Alcides Villaça. 

18h30 – O professor da FFLCH – USP Alcides Vilaça fará uma pequena fala sobre Drummond, de 30 a 40 minutos. Em seguida, será exibido o filme do DVD Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade 

Para informações, entrar em contato com o setor educativo pelo telefone (11) 3825-2560, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. 

 

Livraria Cultura – Loja de Artes

Avenida Paulista, 2073, Loja 151, Conjunto Nacional.

31 de outubro, das 9h às 22h. 

Exibição permanente do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade.

 

Livraria Cultura e Companhia das Letras

Local Livraria Cultura – Conjunto Nacional

Avenida Paulista, 2073 – Teatro Eva Herz

31 de outubro, às 21h.

Leituras de poemas de Drummond

Paixão/Sexo/Amor

Com Ana Cecília Costa, Daniel Maia, Elias Andreato, Tuna Dwek e convidados. Roteiro e direção de Andre Acioli.

As senhas serão distribuídas uma hora antes do evento na entrada do teatro. Sujeito à lotação.

 

Companhia das Letras e Livraria Martins Fontes Paulista 

Av. Paulista, 509 – Telefone: 2167-9900

31 de outubro 

Aula dia D, com a professora Ivone Dare 

Em comemoração ao dia D, a Companhia das Letras preparou uma aula-aberta sobre o livro O sentimento do mundo com a professora Ivone Dare + exibição do longa-metragem Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade 

18h – Exibição do longa Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade.

19h – Aula “O sentimento do mundo” – Professora Ivone Dare

Para participar, basta enviar nome completo para o e-mail auditorio@martinsfontespaulista.com.br – vagas limitadas. Participem. Comemore o nascimento do grande poeta brasileiro.

 

Guarulhos – SP

Universidade Federal de São Paulo – Unifesp 

Av. Monteiro Lobato, 679 – Sala 420 – Bairro Macedo (Campus Provisório). 

31 de outubro

Exibição do filme Vida e verso de Carlos Drummond de Andrade às 13h e às 17h30.

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“O fazendeiro do ar”, de Fernando Sabino e David Neves

E na semana do Dia D – Drummond, o filme O fazendeiro do ar, de Fernando Sabino e David Neves:

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