“O coração”, de Stephan Crane – Tradução de Herberto Helder

No deserto,
vi uma criatura nua, brutal,
que de cócoras na terra
tinha o seu próprio coração
nas mãos, e comia…
Disse-lhe: “É bom, amigo?”
“É amargo – respondeu -,
amargo, mas gosto
porque é amargo
e porque é o meu coração.”

Publicado em As Magias, Assírio & Alvim

[Via Livraria Poesia Incompleta]

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